O Museu Histórico de Campina Grande retornará ao roteiro cultural da Rainha da Borborema, na próxima quarta-feira, 18, a partir das 19h. A abertura acontecerá apenas para convidados e imprensa, numa realização da Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Cultura (Secult). O importante equipamento histórico cultural abre as portas com a exposição “Os Afetos da Rainha”, e será aberto ao público a partir da quinta-feira, 19, das 8h às 14h, de segunda a sexta, e das 8h às 12h, aos sábados.
A reabertura acontece dentro da programação da Semana dos Museus, que celebra no dia 18 o Dia Internacional dos Museus. O MHCG volta com uma nova abordagem de expografia e curadoria. Diferente do “modus” expositivo do passado, emerge dentro de uma nova visão da museologia, onde a democratização, educação, inclusão, acessibilidade, lazer, cultura, sensorialidade, são palavras de ordem no contexto contemporâneo.
“O Museu Histórico de Campina Grande retorna ao calendário artístico-cultural da cidade completamente repaginado, dentro de tudo aquilo que temos de mais moderno no âmbito museológico. Além de celebrarmos a Semana dos Museus, nós também estamos devolvendo aos campinenses aquilo que é deles, antes da abertura oficial d’O Maior São João do Mundo, período em que os turistas que ao virem à Rainha da Borborema, também poderão conhecer mais da nossa história”, salientou Giseli Sampaio, secretária de Cultura.
O gerente dos Museus de Campina Grande, Angelo Rafael, também responsável pela curadoria da “Os Afetos da Rainha” que durará dois anos, destacou que a exposição aborda a história da cidade, da Paraíba e do país, não mais dentro de um conceito didático-pedagógico que, segundo ele, já não funciona mais e não atende à expectativa do público.
“Esta exposição foi estudada e concebida com muito teor crítico e cuidados técnicos. Os monitores foram treinados para receber e conduzir os visitantes.A exposição foi construída dentro de uma metáfora entre A Rainha da Borborema, A Villa Nova da Rainha e Dona Maria I, de Portugal, antes a Pia, depois conhecida como a Louca. Ela passeia por aspectos fragmentados da história de Campina Grande, utiliza de seu acervo e documentação e provocará o senso crítico, lógico e pessoal de cada visitante, além de rever certos conceitos e mitos criados em torno destas duas rainhas”, afirmou Angelo Rafael.
Museu Histórico de Campina Grande
Após dois anos do início da sua construção, o MHCG foi inaugurado em 1814. O espaço já abrigou a Cadeia Pública, Casa da Câmara e Tribunal do Júri por 60 anos. Doado para o Governo Federal em 1885, inaugurou a Agência do Telégrafo Nacional em 1896, onde funcionou até 1933. Além disso, abrigou também o Serviço Médico de Inspetoria de Obras contra a Seca, bem como a primeira Reitoria da Universidade Regional do Nordeste que ali se instalou em 1966 e em seguida o Museu de Arte da FURNE.
Apenas em 1980 que foi criado o Museu Histórico e, finalmente restaurado, inaugurado em 1983 o que conhecemos hoje por Museu Histórico de Campina Grande. O seu acervo conta a história desde a sua fundação até o final do século passado. São mais de duzentas peças catalogadas que permitem que o visitante faça uma imersão no cotidiano dos campinenses e leva aos pesquisadores e historiadores a individuar fatos, curiosidades, elementos para estudos e pesquisas.