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Projeto da UFPB garante assistência à mulheres que enfrentam o câncer de mama

mama

O projeto Violeta, vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), oferece, desde março deste ano, apoio clínico, avaliação e assistência às mulheres que estiveram, estão ou irão iniciar o tratamento contra o câncer de mama.

A iniciativa atende majoritariamente a mulheres que realizam o tratamento no Hospital Napoleão Laureano, centro de referência de oncologia no Estado. No entanto, mulheres que desejarem solicitar o serviço podem entrar em contato por meio do telefone: (81) 998745730. Todo o atendimento é realizado no Laboratório de Percepção, Neurociência e Comportamento do campus I da UFPB.

O projeto de extensão e pesquisa provém do Programa de Pós-Graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento (PPGNeC) e está sendo coordenado pela pesquisadora Milena Edite Casé de Oliveira e pelo Prof. Natanael Antonio dos Santos. 

Por meio de avaliações e propostas de intervenção fisioterápica e psicológica, tal como investigações das funções visuais e cognitivas, a ação busca auxiliar na melhoria da qualidade de vida dessas mulheres. 

Como explica a pesquisadora responsável Milena Edite, as avaliações são realizadas com equipamentos não-invasivos e com fácil aplicação. A partir dos resultados obtidos e estudados, as pacientes são direcionadas às propostas de intervenções – tanto fisioterápica quanto psicológica – , que melhor se aplicam a seu caso. Dentre as atividades propiciadas pela ação, destacam-se a acupuntura, aromaterapia e apoio psicológico por meio de rodas de conversas e diálogos.

“O câncer de mama possui alta incidência no mundo, especialmente entre as mulheres. A hormonioterapia e a quimioterapia são tratamentos sistêmicos que tem auxiliado no tratamento e sobrevida das mulheres acometidas pela doença. No entanto, ainda existem espaços para melhor compreensão de alguns efeitos adversos provenientes desses tratamentos”, esclarece a pesquisadora.

Durante o desenvolvimento deste plano, segundo Milena Edite, pretende-se encontrar alternativas que possam propiciar uma melhor qualidade de vida e, consequentemente, um bom prognóstico para as mulheres após o tratamento contra o câncer de mama. “Dessa forma, considera-se que os impactos do projeto perpassam os “aspectos fisiológicos, sociais e econômicos”, conta a pesquisadora.

“Esperamos que o projeto Violeta alcance bastante pessoas e que possamos contribuir ativamente para a ciência e sociedade. Porém, nossa satisfação é poder receber a alegria e o contentamento das voluntárias”, destaca Milena.

Além de contribuir com a melhora no bem-estar dessas mulheres, a pesquisadora aponta que a ação poderá, no futuro, fundamentar a criação de programas de atendimento integral a pacientes oncológicos, gerando um olhar e uma nova abordagem ao tratamento.

No tocante ao processo ensino-aprendizagem para os alunos de graduação, o projeto  proporciona a oportunidade de aprendizado na temática relativa à oncologia tanto do ponto de vista da pesquisa como da intervenção, bem como em instrumentos de avaliação da função visual, tornando-os aptos para o manejo destes. 

Uma tese de doutorado intitulada de “Efeitos da quimioterapia no processamento visual em mulheres com câncer de mama” está sendo desenvolvida conjuntamente a este projeto. Os dados alcançados com a realização do projeto, segundo Milena, serão analisados e publicados em periódicos internacionais, com a finalidade de promover a internacionalização da proposta. 

“As violetas são conhecidas por sua durabilidade, resistência e capacidade de adaptação.   Sendo conhecidas como as flores do recomeço. Esperamos poder alcançar cada mulher que muitas vezes precisa se transformar em violeta para enfrentar as dificuldades, para que, juntos, possamos construir novas histórias. Assim, nosso projeto tem a proposta de contribuir para a ampliação dos estudos na área das Neurociências, da Oncologia e da Saúde Pública”, concluiu a pesquisadora e coordenadora do Projeto Violeta.

*Com informações da Ascom da UFPB