Uma equipe de técnicos do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) está em visita à Paraíba para acompanhar as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh)/Gerência Executiva de Direitos Humanos (Gedh), de acolhimento às populações venezuelanas indígenas da etnia Warao. Nessa terça-feira (25), os representantes da Acnur se reuniram com técnicos da Gedh, que apresentaram uma panorâmica do trabalho desempenhado na Paraíba, e na ocasião foram definidas articulações e alinhamentos para continuidade do trabalho. Também foram feitas visitas aos locais de abrigamento.
A equipe é composta pela chefe do escritório do Acnur/SP, Maria Beatriz Nogueira; pelo vice-representante do Acnur no Brasil, Oscar Sanches; e a assistente Senior de Proteção, Lyvia Barbosa. Segundo Maria Beatriz Nogueira, o primeiro propósito da visita é fazer um acompanhamento da parceria que a instituição tem com o Estado da Paraíba há dois anos no trabalho com as populações venezuelanas indígenas da etnia Warao.
“A Paraíba tem sido exemplo de como lidar de forma humanizada com essa população, com equipe multiprofissional, composta inclusive de mediadores culturais e várias áreas, desde o acolhimento institucional, saúde, educação, esporte/lazer, e combate à xenofobia. Temos acompanhado esse processo, viemos fazer avaliação, dar nosso apoio a toda iniciativa e expertise, e tentar dar um passo além, que é fortalecer a institucionalização e visibilidade desse trabalho”, ressaltou, parabenizando o trabalho da Sedh e fortalecendo o apoio propondo um plano de trabalho para dois anos, bem como sugeriu a criação de um Comitê com a participação de várias secretarias, Universidades, sociedade civil e poder público.
Para a diretora da Gerência Executiva de Direitos Humanos, Mônica Ervolino, o Acnur é um parceiro consolidado da atuação junto aos indígenas venezuelanos Waraos. “Desde o final de 2021, acompanham de perto, prestam apoio técnico. E essa visita conta com um peso maior, na perspectiva de reconhecer o nosso trabalho enquanto uma boa prática a ser espelhada para outros Estados, mas também impulsionar a criação do Comitê Intersetorial de Políticas Públicas para Migrantes, Refugiados e Apátridas, que coloca o Estado em outro patamar de discussão, inclusive integrando os fóruns de discussões nacionais na construção de uma política migratória que está sendo rediscutida no país”, declarou a gerente.