O prefeito Bruno Cunha Lima e a primeira-dama de Campina Grande, Juliana Figueiredo Cunha Lima, inauguraram na tarde desta quinta-feira, 13 de julho, a Clínica Escola do Autismo Afeto – a primeira das regiões Norte e Nordeste. Além de ser um serviço pioneiro ofertado pelo SUS com uma equipe multidisciplinar.
Para o prefeito, a entrega da Clínica Escola do Autismo Afeto simboliza o cuidado com as crianças com autismo e famílias e reafirma o compromisso da gestão com a causa. “Hoje, de fato, é a realização de um sonho nosso, não só da gestão mas de muitas famílias e de muitos profissionais que se envolvem e sabem a importância que é ter um tratamento específico e especializado para as pessoas autistas”, destacou.
A Clínica vai oferecer um serviço especializado que tem como referência uma clínica no Rio de Janeiro, idealizada por Berenice Piana, co-autora da lei 12.764, sancionada em 28 de dezembro de 2012.
“A clínica segue um modelo que foi construído a partir de uma experiência liderada por Berenice Piana, que é a pessoa que dá nome à lei que reconhece o autismo como sendo uma deficiência. Berenice é uma das maiores lutadoras pelos direitos das pessoas com autismo”, ressaltou Bruno Cunha Lima.
A primeira-dama do município destacou o caráter multidisciplinar da Clínica, que atenderá crianças com transtorno do espectro austista (TEA) matriculadas na Rede Municipal. “Juntamos as secretarias de Saúde e Educação para que a gente pudesse implementar um espaço que proporcionasse um ambiente educacional e clínico com todas as especialidades que as crianças com autismo precisam”, pontuou.
A Clínica Escola do Autismo Afeto
A Clínica Escola será gerida de forma integrada pelas secretarias da Educação (Seduc) e Saúde (SMS), que realizaram processos seletivos para contratação de profissionais.
Na semana passada, todos os profissionais participaram de uma formação realizada pelo Núcleo de Intervenção Comportamental (NIC), de São Paulo., que capacitou os profissionais selecionados para atuarem com a terapia ABA, modelo desenvolvido nos Estados Unidos, que favorece o desenvolvimento dos autistas com atividades interdisciplinares, utilizando mecanismos que condicionam o comportamento, visando à autonomia das pessoas com TEA.
Para o secretário de Educação, Raymundo Asfora Neto, no que se refere aos estudantes, a clínica será um espaço para que as crianças tenham um atendimento especializado inovador e focado no desenvolvimento educacional, mas sem descuidar do tratamento em saúde. .
“Esse atendimento oferecido na idade certa resulta no fortalecimento de aspectos importantes no que se refere ao aprendizado das crianças, fazendo com que mais adiante ela deixe de necessitar desse suporte. Então, é uma etapa essencial da vida e é por isso que é tão importante e tão diferenciado esse equipamento pioneiro”, disse o secretário de Educação, Raymundo Asfora Neto.
Já o secretário-executivo de Saúde, Emmanuel Sousa, frisou que a clínica representa a união de forças entre as duas secretarias em busca de um resultado comum que é garantir atendimento especializado às crianças com autismo.
“A Secretaria de Educação nos traz toda a condução pedagógica que o projeto exige e a Secretaria de Saúde entra com todo o suporte clínico de atendimento médico, com um amparo voltado ao bem-estar do público que será atendido nesse equipamento”, disse.
A clínica será coordenada pela fonoaudióloga, Paula Campos, que destacou a transdisciplinaridade adotada no atendimento. “Quando a gente fala de uma pessoa com autismo, a gente fala de uma pessoa com o cérebro neurodivergente, que percebe as coisas de uma forma única. Por isso a necessidade de um atendimento transdisciplinar, reunindo, em um só espaço, a fonoaudiologia, psicologia, terapia para a parte motora, entre outros atendimentos”, destacou.
Como será o atendimento
A Clínica Escola do Autismo Afeto inicia os atendimentos na próxima segunda-feira, 17 de julho, no endereço Rua Antônio Campos – 252, Lauritzen (próximo ao Seminário São João Maria Vianney) e vai ofertar atendimento especializado em saúde e educação para crianças com autismo, de 4 a 12 anos, que não estejam em atendimento em outra instituição. O funcionamento será de segunda à sexta-feira, das 7h às 17h. Para ter acesso ao serviço é necessário residir em Campina Grande; apresentar laudo médico e encaminhamento da unidade escolar.
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