Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, com início em regime fechado no presídio da Papuda, Jair Bolsonaro (PL) tenta nesta sexta-feira (12) articular medidas para evitar ou adiar o cumprimento da pena, com a narrativa pública de fragilidade física difundida por apoiadores e familiares. A defesa pediu ao ministro Alexandre de Moraes autorização para que o ex-presidente seja liberado no domingo (14) para um procedimento ambulatorial no Hospital DF Star — retirada de um “nervo melanocítico de tronco”, segundo o pedido.
O médico de Bolsonaro, Claudio Birolini, classificou a lesão como benigna, que exigiria apenas monitoramento, mas a solicitação ao STF foi apresentada como evidência de debilidade. Paralelamente, os advogados Celso Villardi e Paulo Amador Cunha Bueno avaliam alternativas processuais, inclusive requerer o cumprimento da pena em regime domiciliar — na mansão alugada pelo PL no condomínio Solar de Brasília.
No âmbito dos embargos declaratórios, a defesa pretende sustentar que as sequelas da facada sofrida em 2018 fragilizam a saúde de Bolsonaro, argumento que vem sendo usado desde março para justificar riscos à integridade física caso ele seja preso. O ex-presidente também tem feito declarações públicas afirmando temer por sua vida na prisão, alegando possibilidade de envenenamento ou morte.
Durante a fase final do julgamento, em meio ao voto que formou maioria pela condenação, os filhos retomaram o discurso de perseguição: Flávio Bolsonaro publicou em caixa alta que a corte promove um “justiçamento” e escreveu que “querem matar Bolsonaro”, mensagem amplificada por Eduardo e Jair Renan.
*Da Redação do Boa Notícia PB com informações da Revista Forum