O governador João Azevêdo entregou, na noite de segunda-feira (13), a reforma da sala de cinema do Cineteatro São José, em Campina Grande, marcando o encerramento de uma extensa agenda de inaugurações e anúncios em comemoração aos 161 anos da Rainha da Borborema. Ao todo, o Governo da Paraíba investiu R$ 114,5 milhões em diversas áreas, como agricultura familiar, cultura, educação, saúde e infraestrutura.
O Cineteatro São José recebeu mais de R$ 1,4 milhão em investimentos, em parceria com o Governo Federal. Foram aplicados R$ 824 mil na aquisição de modernos equipamentos de projeção — como tela retrátil, projetor DCP e nobreak — e R$ 582 mil na recuperação estrutural, elétrica, de iluminação, mobiliário e segurança eletrônica.
Inaugurado em 1945, o Cineteatro é um dos mais tradicionais espaços culturais de Campina Grande. Após quatro décadas fechado, volta agora a ser um centro de exibições, mostras e produções audiovisuais, sob gestão da Fundação Espaço Cultural (Funesc).
Durante a cerimônia, João Azevêdo ressaltou o compromisso do Governo com o fortalecimento do cinema paraibano:
“A Paraíba tem uma história marcante com o cinema. Nossa gestão apoia 16 mostras em várias cidades, e ver Campina Grande recuperar este espaço é motivo de alegria. Aqui se faz cinema, com produções locais e curtas premiados, e precisamos cada vez mais de espaços para mostrar esse talento”, destacou, citando o Festival Aruanda, que completará 20 anos em 2025.
O secretário de Cultura, Pedro Santos, lembrou a importância histórica do local:
“Mesmo quando o Cineteatro estava fechado, continuou sendo símbolo de luta e resistência. Hoje, celebramos o retorno desse patrimônio que sempre foi o coração do cinema campinense.”
A presidente da Funesc comemorou o momento simbólico:
“A última sessão aconteceu em 1983. Quarenta e dois anos depois, reabrimos o Cineteatro São José como sala de cinema — é um marco para Campina Grande.”
A noite de reabertura foi marcada pela exibição de quatro curtas paraibanos: Céu (Valtyennya Pires), Fome de Lázaro (Diego Benevides), Déjà Vu (Carlos Mosca) e A Pantera dos Olhos Dormentes (Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos). O evento reuniu artistas, cineastas e produtores culturais, como o diretor Nathan Cirino, que celebrou o feito:
“É um avanço enorme. Campina ganha um cinema alternativo, feito para o público local. Isso é história sendo reescrita.”
Encerrando a noite, o Governo do Estado e a Funetec firmaram um convênio de cooperação que garante o funcionamento da sala, com seleção e contratação de profissionais para operacionalizar o espaço. O renascimento do Cineteatro São José marca não apenas a retomada de um patrimônio histórico, mas o reacender das luzes da sétima arte no coração cultural de Campina Grande.