A Paraíba voltou a registrar o maior crescimento do Nordeste no setor de serviços, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em setembro, o estado apresentou alta de 6,9% em relação ao mesmo mês de 2024, alcançando a melhor colocação da região, enquanto a média nacional ficou em 4,1%.
Na comparação entre agosto e setembro, o desempenho paraibano foi ainda mais expressivo: o setor avançou 4,7%, garantindo a segunda maior taxa do País, atrás apenas do Distrito Federal (8,3%). A média nacional, por sua vez, cresceu 0,6%.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, a Paraíba mantém a terceira maior taxa de crescimento do Brasil, com 5,5%, superada apenas pelo Distrito Federal (7,5%) e Tocantins (5,7%). No mesmo período, o País registra crescimento médio de 2,8%.
Segmentos em destaque
Em setembro, o crescimento do setor foi registrado em 54,8% dos 166 tipos de serviços analisados pela pesquisa. O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio foi o principal responsável pelo avanço, impulsionado pelo aumento da receita em atividades como:
- transporte rodoviário de cargas,
- transporte aéreo de passageiros,
- logística e armazenamento de mercadorias,
- concessionárias de rodovias, e
- transporte coletivo rodoviário de passageiros.
O setor de serviços, que abrange ainda turismo, alimentação, estética e tecnologia da informação, é considerado um dos principais termômetros da atividade econômica nacional;
De acordo com o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, o grupamento dos transportes – responsável por 36,4% do índice geral – tem sido a principal força motora do setor nos últimos oito meses, impulsionado especialmente pelo transporte de cargas e o aéreo de passageiros.
Segundo dados do Caged, o setor de serviços lidera a geração de empregos formais na Paraíba em 2025, com saldo positivo de 20.671 postos de trabalho nos sete primeiros meses do ano.
Entre janeiro e setembro, foram 92.826 admissões contra 72.155 desligamentos, confirmando o setor como o principal motor do mercado de trabalho estadual.
A PMS monitora o comportamento conjuntural do setor de serviços no Brasil e nos Estados, analisando a receita bruta e real das empresas com 20 ou mais empregados que atuam em atividades não financeiras, excetuando saúde e educação.
Junto com os setores de comércio e administração pública, os serviços representam uma das maiores participações no PIB do País e das unidades federativas.