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Brasil recebe reconhecimento histórico da Organização Mundial da Saúde

O Brasil acaba de alcançar um marco histórico na saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o país como o maior do mundo a eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho, conhecida como transmissão vertical, como um problema de saúde pública.

O anúncio foi antecipado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o programa Bom Dia, Ministro, exibido pelo CanalGov, na sexta-feira (15). Segundo ele, representantes do Unaids e da OMS estarão no Brasil nesta semana para a entrega oficial da certificação ao governo federal.

De acordo com Padilha, o reconhecimento é resultado direto da atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente por meio da ampliação dos testes rápidos nas unidades básicas, do acompanhamento no pré-natal e do acesso gratuito à medicação para gestantes que vivem com HIV.

“Isso mostra que o Brasil conseguiu eliminar a transmissão graças ao SUS, aos testes rápidos, ao pré-natal e ao tratamento garantido às gestantes”, destacou o ministro.

Padilha lembrou que, décadas atrás, o país dependia de iniciativas filantrópicas para manter abrigos de crianças que nasceram com HIV e perderam os pais em decorrência da Aids. Hoje, segundo ele, essa realidade ficou no passado.

“Não temos mais bebês nascendo com HIV por transmissão da gestante. Isso é motivo de comemoração”, afirmou.

O ministro explicou ainda que o Brasil apresentou, no mês de julho, um dossiê com dados do SUS à OMS, comprovando os avanços alcançados na prevenção e no tratamento da doença.

Combate aos riscos das apostas eletrônicas

Durante o programa, Alexandre Padilha também destacou ações do Ministério da Saúde para enfrentar os impactos das apostas eletrônicas na saúde mental da população. Uma das principais iniciativas é o Observatório Saúde de Apostas Eletrônicas, que reúne dados e estratégias de prevenção.

Entre as medidas anunciadas está uma ferramenta disponível no aplicativo Meu SUS Digital, que permite ao cidadão bloquear todas as contas em sites de apostas de forma simultânea. Além disso, o ministério vai implantar um serviço de teleatendimento psicossocial voltado a pessoas afetadas pelo vício em apostas.

Segundo o ministro, estudos indicam que muitos usuários se sentem mais confortáveis em buscar ajuda por meio de consultas online com psicólogos e psiquiatras.

“As pessoas não costumam procurar os Centros de Atenção Psicossocial para esse tipo de atendimento. Hoje, o número de atendimentos é pequeno e deve chegar a cerca de 5 mil este ano”, explicou.