Passar horas seguidas sentado já faz parte da rotina de milhões de trabalhadores, mas a ciência tem colocado esse hábito em xeque. Estudos recentes da Universidade de Leicester, no Reino Unido, indicam que alternar posturas ao longo do expediente — especialmente intercalar períodos em pé — pode reduzir a fadiga mental, combater o sedentarismo e melhorar o bem-estar geral.

Pesquisas conduzidas pela University of Leicester apontam que a diminuição do tempo sentado está associada a benefícios metabólicos e cognitivos, como maior gasto energético e leve ativação muscular. Os estudos também sugerem que pequenas mudanças posturais influenciam positivamente hormônios ligados à atenção e à regulação do humor, ajudando a evitar os picos de cansaço provocados pela imobilidade prolongada.
A proposta do trabalho em pé, no entanto, não é transformar o escritório em academia. O objetivo é manter o corpo em movimento constante, ainda que de forma leve. Ao ficar em pé, a circulação sanguínea tende a melhorar, o cérebro recebe mais oxigênio e aquela sensação persistente de cansaço pode ser reduzida. Na prática, isso se traduz em mais disposição para tarefas cognitivas, menor sonolência e maior consciência corporal durante o trabalho.
Como aplicar no dia a dia
Especialistas destacam que o trabalho em pé deve ser adotado de forma gradual e consciente, respeitando os limites do corpo. Algumas estratégias simples podem fazer a diferença:
- Alternar entre sentar e ficar de pé a cada 30 a 60 minutos
- Utilizar tapetes ou superfícies mais macias para reduzir o impacto
- Ajustar a altura da tela para evitar sobrecarga no pescoço
- Manter movimentos leves, como alternar o peso entre as pernas
Esses cuidados ajudam a transformar a mudança postural em aliada da saúde, e não em fonte de desconforto.
Benefícios a longo prazo
No longo prazo, a alternância de posturas pode contribuir para melhor saúde postural, maior consciência corporal e redução do sedentarismo, apontado por especialistas como um dos principais inimigos da produtividade moderna. Atentas a esse cenário, empresas já investem em móveis ergonômicos e tecnologias inteligentes que incentivam movimentos naturais durante o expediente, reforçando a ideia de que produtividade e saúde podem caminhar juntas.
No fim das contas, a ciência reforça que produzir mais não significa se esforçar mais, mas compreender melhor o funcionamento do próprio corpo. Quando informação, tecnologia e autoconhecimento se encontram, o trabalho tende a se tornar mais leve, eficiente e sustentável.
As informações apresentadas têm caráter exclusivamente informativo. Nenhuma prática, método ou conduta mencionada deve ser adotada sem avaliação individual, exames adequados e orientação de profissionais habilitados, como médicos, nutricionistas ou outros especialistas da área da saúde.