O presidente do Partido dos Trabalhadores em Campina Grande, professor e sociólogo Hermano Nepomuceno, em entrevista exclusiva para o site BOA NOTÍCIA PB, neste domingo(04), disse que a possibilidade real de Lula ser candidato à presidência da República no próximo ano obrigou o governo Bolsonaro a sair da sua inércia irresponsável e intencional de propagação da pandemia e sabotagem da vacina, de aplicação de remédios ineficazes.
– Precisa se investigada pelo Tribunal de Contas da União aquela produção exagerada de cloroquina”, advertiu o líder petista campinense.
Professor Hermano ponderou que com a conquista dos seus direitos políticos, Luiz Inácio da Silva agora reúne todas as condições de disputar o comando do país em 2022.
“O Brasil precisa de um estadista, de alguém que seja escutado e que tenha respeito e credibilidade no cenário internacional. De alguém que saiba dialogar com todos os setores sociais. Lula já mostrou que é um estadista capaz de dirigir esse país e dialogar, inclusive com os seus adversários. O PT tem um projeto nacional. O presidente Lula tem plenas condições de recuperar o Brasil que nós queremos: democrático, de inclusão social, da tolerância, sem ódio e sem medo”, afirmou.
Quanto a crise provocada pela pandemia da Covid-19 que já matou mais de 330 mil brasileiros, o presidente do PT de Campina foi enfático: ” a crise sanitária no Brasil é agravada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, seus apoiados e a profunda desigualdade social existente hoje no país, alavancada pela destruição das políticas públicas”.
Hermano ressalta ainda que “sem um presidente que tenha a capacidade política de unir o país, nós não teremos condições de superar essa pandemia”.
A militarização do governo Bolsonaro foi também criticada pelo professor Hermano, revelando que os militares são hoje a principal base de sustentação política do presidente Bolsonaro. “São mais de seis mil oficiais das três forças armadas, ocupando cargos estratégicos em todo aparelho do estado federal”.
Além de cooptar para o seu governo, observou Hermano, Bolsonaro quer que os militares apoiem o endurecimento do regime: um novo AI-5. “Ele pretende usar o Exercito como milícia particular para amedrontar o Congresso, o Supremo e as oposições”, detonou o presidente do Diretório Municipal do PT de Campina.
Hermano lamentou também o fato do presidente Bolsonaro incitar a sublevação das Polícias Militares contra os governadores que estão realizando as medidas sanitárias corretas de enfrentamento da Covid-19.
Por: Vanildo Silva
Jornalista,editor do BOA NOTÍCIA PB
