A Rede de Atenção às Mulheres em Situação de Violência na Paraíba (Reamcav), coordenada pela Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, e as entidades parceiras lançam, nesta segunda-feira (21), a campanha “São João em Casa, Sim! Com violência, não!”, um alerta contra a violência doméstica durante o período de São João. O lançamento será às 18h, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Semdh http://bit.ly/CampanhaSaoJoao
Pela terceira vez, a edição do “São João em casa, sim! Com violência, não!” é realizada pela Reamcav, integrada por várias instituições, entre elas o Tribunal de Justiça da Paraíba, OAB-PB, Coordenadoria das Delegacias Especializadas de Mulheres, Polícia Civil, Secretaria de Segurança e Defesa Social e Ministério Público da Paraíba. Desde o ano passado, a campanha que tratava sobre as implicações da Lei de Importunação Sexual (Lei Federal 13.718/18) foi adaptada devido à pandemia da Covid-19 para as violências que ocorrem dentro de casa.
A motivação da campanha foi transformada em música pelo compositor Fabiano Guimarães com o jingle “O São João esse ano está mudado/ não pode tá agarrado respeitando o isolamento/E a mulher deve ser bem respeitada / Não deve ser maltratada/Aqui fica o ensinamento”.
“Estamos fazendo este chamado, pois, mesmo sem a realização das tradicionais festas juninas por causa da pandemia e o cancelamento do feriado do São João, a violência doméstica continua dentro de casa”, diz a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura.
A live será transmitida pelo perfil da Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade (Semdh) no YouTube, sendo conduzida pela própria secretária Lídia Moura, com a participação de convidadas que compõem a Rede de Atenção às Mulheres em Situação de Violência na Paraíba (Reamcav).
Segundo a representante do MPPB, a promotora Ismânia Pessoa, a pandemia é um adubo para a violência doméstica e é “preciso incentivar o rompimento desses relacionamentos que levam à morte de mulheres”, afirmou acrescentando que a rede de proteção às vítimas de violência está estruturada para apoiar e aplicar medidas protetivas às mulheres agredidas.
A representante do Tribunal de Justiça, juíza Anna Carla Falcão, compreende que a campanha é uma forma bastante eficaz de informação e prevenção contra a violência doméstica, especialmente neste período de pandemia.