A campanha de vacinação contra Covid-19 dá sinais positivos na cidade de João Pessoa, a exemplo da queda na ocupação de leitos nos hospitais progressivamente neste primeiro semestre de 2021. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ocupação dos leitos em meados de fevereiro chegou a 87%, atingindo o índice de 93% no mês de março e caindo para 14,2% no mês de agosto. Com a redução da ocupação, a SMS já potencializa a assistência a outras patologias.
“Tendo em vista que as taxas de ocupação por pacientes de Covid-19 estão muito baixas já iniciamos a potencialização das agendas ambulatoriais de todas as patologias nos hospitais de João Pessoa”, explica Ana Giovana Medeiros, diretora geral da Central de Regulação do Município. Ela atribui a redução dos casos ao avanço da campanha de vacinação na Capital, bem como a ‘Operação Previna-se’, desenvolvida em parceria com outras secretárias municipais e com o Governo do Estado, além das campanhas educativas deflagradas nos meios de comunicação.
“A vacinação é uma poderosa ferramenta de prevenção e diminuição da circulação do vírus. João Pessoa tem avançado na imunização, com ampliação significativa de faixas etárias beneficiadas. Os meios de comunicação também ajudam na conscientização da população e colaboração de todos” disse. Na Capital, a vacinação avança e já beneficia o grupo de pessoas na faixa dos 18 anos.
Segundo dados da Central de Regulação, durante a pandemia a população de João Pessoa contou com 268 leitos para atendimento de casos da Covid-19 somente na rede de saúde do município. São 144 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 114 de leitos de Enfermaria e mais 10 de Unidade de Decisão Clínica (UDC). Esses leitos estão distribuídos nos Hospitais Prontovida, Santa Isabel, Valentina de Figueiredo e no Ortotrauma de Mangabeira.
A rede de saúde do município dispõe, ainda, do suporte das quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nos bairros dos Bancários, Valentina de Figueiredo, Cruz das Armas e Jardim Oceania. “Nesse ano, durante o mês de março registramos o maior número de ocupação de leitos (Salas Amarela e Salas Vermelha) nas UPAs da Capital, chegando à 78 pacientes com Covid-19 para serem transferidos para os leitos Covid. Em agosto chegamos a registrar zero pacientes com Covid-19 nas UPAs”, disse Ana Giovana Medeiros. As Upas retornaram os atendimentos em clínica geral em 1º de julho de 2021.
A Secretaria de Saúde do município conta, ainda, com a rede contratada, que são os Hospitais São Vicente, São Luiz e Hospital Universitário Lauro Wanderley – que juntos somam mais 87 leitos.
Atendimento exclusivo – Na Capital os Hospitais Municipais Prontovida e o Hospital Valentina de Figueiredo tornaram-se referências no atendimento aos casos da Covid-19. O Prontovida dispõe de 44 leitos de Enfermaria e 54 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Nesse ano, durante o mês de março, registramos a maior porcentagem de ocupação de leitos de UTI Covid no Hospital Prontovida, chegando à 93,3% de leitos de UTI ocupados. No mês de agosto esse percentual caiu para 14,8% dos leitos ocupados, do total de 54 leitos existentes”, explicou Ana Giovana.
Já o Hospital Valentina, em agosto, comemorou zero paciente com Covid-19 na UTI. O foco da unidade é o atendimento infantil, com 30 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI. “Nesse ano, durante o mês de março registramos a maior porcentagem de ocupação de leitos de UTI com doenças respiratórias e Covid 19, chegando à 90% dos leitos de UTI ocupados. Em agosto chegamos a registrar zero pacientes nos leitos de UTI Covid pediátrico, do total de 10 leitos existentes”, comemora.
Toda essa rede de apoio presta assistência e atendimento aos pacientes de João Pessoa e também de todo o Estado. Os usuários, em sua maioria, são assistidos por uma equipe multidisciplinar para auxiliar no processo de recuperação. Algumas unidades inclusive dispõem de assistência em fisioterapia. “Contudo, é importante continuar seguindo os protocolos de prevenção para evitar o contágio, a transmissão da doença e o surgimento de uma nova versão da doença que tende a ser uma variante mais resistente as proteções oferecidas pelos imunizantes”, aconselha.