Em sessão plenária realizada na manhã desta terça-feira (6), na Reitoria, os membros do Conselho Universitário da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aprovaram, por unanimidade, a criação do Centro Profissional e Tecnológico – Escola Técnica de Saúde (CPT-ETS), o 17º centro de ensino da Instituição. Com a mudança, a Escola, que existe há 70 anos, não ficará mais vinculada ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPB.
O novo órgão, que vai funcionar no campus I, em João Pessoa, terá dois departamentos – o de Registro, Promoção e Assistência à Saúde (RPPAS) e o de Diagnóstico, Práticas Laboratoriais e Odontológicas (DDPLO) – que abrigarão sete cursos técnicos – Agente Comunitário de Saúde; Análises Clínicas; Cuidados de Idoso; Enfermagem; Prótese Dentária; Registro em Informação em Saúde, Saúde Bucal; e Segurança do Trabalho – e uma especialização em Gerontologia.
Relator do parecer sobre a proposta de criação do centro, o professor Lucídio Cabral destacou que a mudança está inserida em um contexto nacional de expansão e reordenamento das escolas técnicas e já ocorreu em outras universidades, a exemplo das federais do Pará (UFPA), do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Santa Maria (UFSM).
Ainda segundo o parecer, considerando que a ETS já dispunha de autonomia financeira – com recursos oriundos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) –, a alteração é de natureza administrativa, sem qualquer prejuízo para o CCS ou impacto financeiro para a UFPB.
“A ETS teve assegurada a autonomia de gestão, no entendimento de que a Escola tinha que crescer”, destacou o diretor do CCS, professor João Euclides Fernandes, que considerou a proposta apresentada como um “projeto muito arrojado, com viabilidade institucional”.
O Reitor da UFPB, Prof. Valdiney Gouveia, ressaltou a importância e a urgência de se criar esse centro, diante do relevante trabalho desempenhado pela ETS, que resultou em um consenso na apreciação da proposta, aprovada por unanimidade durante a plenária no Consuni. “A criação deste Centro foi um avanço enorme. É um grande espaço de produção de conhecimento. Vocês [da ETS] têm feito muito e precisam ser reconhecidos”, salientou o Prof. Valdiney Gouveia.
Visivelmente emocionada durante a plenária do Consuni, a diretora do novo Centro e gestora da ETS desde 2020, professora Soraya Pereira, destacou a atuação de professores da Escola durante a pandemia. O Laboratório de Biologia Molecular Aplicada da Escola foi um dos três centros de testagem da UFPB que auxiliaram no diagnóstico de Covid-19 na Paraíba, por meio da análise de amostras do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PB).
“Foi um momento em que ela sai de seus muros e mostra sua grandiosidade para nossa comunidade, sobretudo a paraibana, que naquele momento não tinha condições de diagnóstico, conhecimento e prática. Foram os professores da Escola Técnica de Saúde que assim o fizeram”, enfatizou.
A diretora explicou que o novo centro atende a uma antiga demanda da comunidade universitária da ETS, que estava crescendo em número de discentes e docentes, enquanto unidade profissional tecnológica. Segundo a diretora, este pleito de vinculação direta à Instituição (e não a centros de ensino) existia desde 2008, com a criação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
“Em 2020, quando assumimos a gestão, eu e o professor Ronaldo Sarmento criamos uma comissão para retomar a discussão de reordenamento. Criamos um projeto, que foi aprovado por unanimidade no Conselho do CCS e no Consepe”, explicou a Profa. Soraya, referindo-se à apreciação do projeto pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), realizada na última semana.
A transformação da Escola em Centro Profissional e Tecnológico (CPT) vai contribuir, na perspectiva da Profa. Soraya Pereira, para fortalecer a educação profissional. Com essa ampliação, o CPT, que conta com aproximadamente 900 alunos matriculados nos cursos técnicos regulares, poderá atuar de forma conjunta com outros centros da Universidade.
“Podemos fortalecer o nosso fazer por meio de parcerias com outros centros, inclusive de outras áreas como informática ou energias renováveis ou educação, a partir do itinerário de formação que o centro pode ofertar para os alunos da graduação da UFPB”, concluiu a diretora.
*Com informações da Ascom-UFPB
