A medicina mundial registrou um avanço decisivo no combate à degeneração macular: o chip ocular PRIMA apresentou resultados impressionantes em um ensaio clínico internacional divulgado pela Stanford Medicine e publicado no New England Journal of Medicine, uma das revistas científicas mais respeitadas do mundo.
Entre os 32 participantes, 27 voltaram a ler após um ano de uso, recuperando habilidades até então consideradas irrecuperáveis.
O estudo traz esperança para pessoas que já não conseguiam distinguir sequer formas básicas. A resposta positiva do implante acende uma perspectiva inédita de reabilitação visual, reforçando o potencial dessa tecnologia de visão artificial.
No primeiro terço da experiência, o implante PRIMA — uma versão específica do chip — assumiu a função dos fotorreceptores destruídos pela doença.
O microchip, de apenas 2 milímetros, foi posicionado atrás da retina e passou a receber sinais captados por óculos com microcâmera. O sistema utiliza luz infravermelha e funciona de forma fotovoltaica, transformando estímulos luminosos em sinais que a retina consegue interpretar.
Com isso, pacientes voltaram a perceber contornos e objetos de maneira gradual. Ao longo dos testes realizados em cinco países europeus, o dispositivo manteve desempenho consistente, permitindo que vários voluntários identificassem letras ampliadas, formas e sinalizações, fortalecendo a autonomia e ressignificando o diagnóstico da degeneração macular.
O estudo registrou pequenos aumentos de pressão ocular e algumas hemorragias leves, efeitos considerados controláveis pelos médicos.
Sem casos graves, os pesquisadores afirmam que os benefícios superaram com folga as limitações observadas.
O artigo no New England Journal of Medicine reforça que o método se mostrou seguro e estável durante o acompanhamento clínico.
A Science Corporation já conduz o processo para levar o chip ocular ao mercado europeu a partir de 2026. A empresa trabalha em versões com resolução aprimorada, campo de visão ampliado e recursos capazes de permitir, por exemplo, reconhecimento de rostos.
A tecnologia projeta impacto social crescente e inaugura um capítulo promissor nas interfaces neurais bio-híbridas, com potenciais aplicações futuras em outras condições neurológicas.
À medida que a pesquisa avança, o chip ocular PRIMA pode abrir caminho para uma nova geração de ferramentas que ampliem habilidades, restaurem funções perdidas e promovam maior bem-estar.
Para muitos pacientes, a experiência já representa algo simples — e ao mesmo tempo extraordinário: poder ler novamente.