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COVID Pesquisa mostra que 58% dos apoiadores de Bolsonaro defendem a VACINAÇÃO INFANTIL

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Uma pesquisa realizada entre os dias 2 e 4 de janeiro, pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360, mostrou que 71% dos brasileiros vacinariam os filhos contra o novo coronavírus, enquanto 16% não submeteriam as crianças à imunização e 13% não souberam responder. O estudo entrevistou, por meio de ligação, 3 mil pessoas em 501 municípios em todas as 27 unidades da federação.

A aceitação é maior entre as mulheres. 76% das entrevistadas disseram que sim, vacinariam um filho contra a covid-19. Pessoas que cursaram o ensino superior e os moradores do Centro-Oeste são outros grupos que apresentaram maior aceitação, sendo 77% e 84% para sim, respectivamente.

Entre os apoiadores do governo, 58% responderam que sim, vacinariam os filhos. Enquanto no grupo dos opositores, o número de quem levaria o filho para se vacinar sobe para 77%. Mesmo assim, quando observadas as porcentagens entre os grupos, nota-se algo em comum: tanto nos apoiadores, opositores ou neutros, a maior parte das pessoas se mostraram favoráveis à imunização infantil.

A pesquisa surge em meio à polêmica que cerca a vacinação pediátrica no Brasil. A vacina da Pfizer foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o público entre 5 a 11 anos desde dezembro de 2021, e até então debates foram levantados sobre a aplicação.

O Ministério da Saúde chegou a abrir uma consulta pública e recomendou, inicialmente, que a vacinação fosse feita com apresentação de prescrição médica. Entretanto, o Ministério voltou atrás da decisão e confirmou que não vai exigir receita médica para imunização e passou a adotar a presença de pais ou responsáveis ou autorização por escrito como única exigência para aplicação do imunizante.

Segundo a pasta, o primeiro lote de vacinas para o grupo pediátrico deve chegar ao Brasil no próximo dia 13. Já a distribuição aos estados deve começar no dia seguinte.

Crítico da vacina, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que sua filha mais nova, de 11 anos, não será vacinada. Em meio a uma terceira onda de covid-19 no Brasil, Bolsonaro afirmou que desconhece o número de óbitos de crianças pela doença e atacou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por liberar a vacinação do público pediátrico.

Em entrevista à TV Nordeste nesta quinta-feira (6/1), o chefe do Executivo aproveitou para recomendar aos pais que questionem os verdadeiros interesses dos “tarados por vacinas”. As declarações polêmicas do presidente podem ter efeito entre seus apoiadores. Na pesquisa feita pelo PoderData, a aceitação da vacina em crianças no grupo que consideram o governo entre ruim ou péssimo é maior do que no que considera bom ou ótimo.

*Com informações Portal Correio Braziliense