Neste Dia Mundial dos Avós, o Papa pediu aos jornalista presentes no voo que o leva ao Canadá para recordarem-se de forma especial dos avós. Ademais, pediu que os religiosos e religiosas idosos, os avós da vida consagrada, não sejam escondidos, pois “são a sabedoria de uma família religiosa”. “Que os novos religiosos e religiosas, os noviços, as noviças tenham contato com eles: eles nos darão toda a experiência de vida que nos ajudará a seguir em frente.”
Como costuma fazer logo no início da suas Viagens Apostólicas, o Papa saudou os cerca de oitenta jornalistas de mais de 10 países a bordo do voo que o leva ao Canadá. Em particular, recordou do Dia Mundial dos Avós e dirigiu-se à jornalista mexicana Valentina Alazraki, que desde 1979 acompanha os voos papais, e que esteve ausente nas últimas viagens.
“Bom domingo a todos, sejam bem-vindos; obrigado por este serviço e também pela companhia: vivo-a como uma companhia… Obrigado pelo vosso trabalho. Gostaria de saudá-los, como sempre: acho que conseguirei me mover, podemos ir”, disse Francisco logo após a introdução feita pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, acresentando: “Estejamos atentos nesta jornada: como [Matteo] disse, é uma jornada penitencial, vamos fazê-la com este espírito. Saúdo também a decana [a jornalista Valentina Alazraki]: ela está de volta, depois de algumas viagens ausente. Está lá no fundo. Bom domingo”.
O Papa então, pediu que todos recordassem hoje de modo especial de seus avôs e avós, vivos ou falecidos, pois “deles recebemos tantas coisas, antes de tudo a história”:
Eu gostaria que hoje… não há Angelus, mas vamos fazer aqui, o Angelus… É o dia dos avós: os avôs, as avós, que são aqueles que transmitiram a história, as tradições, os costumes e tantas coisas, não? Hoje é preciso voltar aos avós – direi isso como um leitmotiv – no sentido de que os jovens devem ter contato com os avós, pegar deles, retomar as raízes, não para ficar ali, não, mas para levá-los em frente, como a árvore que tira força das raízes e a leva adiante nas flores nos frutos. Sempre me lembro daquele poema de [Francisco Luis] Bernárdez: tudo o que a árvore tem de flor vem do que ela tem de enterrado, que são os avós. E gostaria também de recordar, como religioso, os religiosos e religiosas idosos, os avós da vida consagrada: por favor, não os escondam, são a sabedoria de uma família religiosa; e que os novos religiosos e religiosas, os noviços, as noviças tenham contato com eles: eles nos darão toda a experiência de vida que nos ajudará muito a seguir em frente… Por isso, cada um de nós temos avôs, avós, alguns já se foram, outros estão vivos, mas lembremo-nos deles hoje de uma forma especial: recebemos tantas coisas deles, em primeiro lugar a história. Obrigado.