Três projetos de escolas da Rede Estadual da Paraíba conquistaram 1º, 2º e 3º lugares na 13ª edição do Talento Científico Jovem, promovido pelo Departamento de Biologia Molecular da Universidade Federal da Paraíba (DBMUFPB). A iniciativa consiste na apresentação de trabalhos científicos, orientados por professores das diferentes áreas do conhecimento e desenvolvidos por estudantes matriculados em escolas públicas ou privadas do Brasil. O resultado foi divulgado na última sexta-feira (18).
O projeto Recicla da ECIT Bráulio Maia Júnior, localizada em Campina Grande, que ficou em 1º lugar na competição, visa dar a destinação correta aos materiais recicláveis por meio da coleta seletiva dentro da escola. Caixas que foram confeccionadas pelos estudantes e distribuídas nas salas de aula para que sejam descartados materiais sem uso. O trabalho já rendeu uma tonelada de material reciclável, recolhido por uma Associação de Catadores da cidade. A iniciativa é coordenada pela professora Lívia Cavalcante, com a coorientação da professora Luciana Santos, e conta com a participação dos estudantes Alberto Barbosa Pereira, Emilly Meira, Luana Silva, Maiza Moreira e Vinícius Ferreira.
A ECIT Francisca Martiniano da Rocha, de Lagoa Seca, inscreveu 11 projetos que estão sendo desenvolvidos pelos estudantes e professores. Todos projetos receberam menção honrosa, e dois lugares no pódio, o Filtruvial ficou em 2º lugar e o Valor no Campo ficou em 3º lugar na competição.
O projeto Filtruvial: Filtro para purificação de águas pluviais, consiste num sistema para tratar a água da chuva e é formado por três etapas: filtragem dos resíduos sólidos, filtragem física com argila e carvão vegetal, responsável pelo controle do pH, odores e gosto e a filtragem química que é a base de ozônio, que age eliminando as bactérias da água. Fazem parte do projeto os estudantes: Oliver Soares, Fernanda Nascimento e José Weslley Miranda.
Já o Valor no Campo é um projeto que surgiu devido à demanda que os estudantes trouxeram sobre a sua condição financeira e a vontade de sair da cidade de Lagoa Seca e ir para grandes centros urbanos. Na disciplina do Curso Técnico em Comércio, Economia e Mercado, juntamente com a disciplina do Curso Técnico de Agroecologia, os professores Alexandre Silva e Sandra Alice trabalharam com os estudantes a comparação do valor da cesta básica da cidade de Lagoa Seca com as principais capitais dos estados brasileiros. A experiência seguiu a metodologia aplicada pelo Dieese, no entanto, os alunos perceberam que a análise feita não atendia a realidade do custo de vida das famílias da Zona Rural.
“Os estudantes estão construindo um indicador que represente esse custo inserindo o consumo in natura dos produtos, os padrões de consumo e valor nutricional. Assim a população do município poderá compreender e terá uma condição de verificar se realmente é melhor sair do campo para viver uma vida urbana”, comentou o professor Alexandre.
A estudante Fernanda Kelly, da ECIT de Lagoa Seca, falou sobre a importância de fazer parte dos projetos que vão contribuir com o aprendizado e a experiência profissional. “Durante todo o processo da construção do projeto temos contato com inúmeras experiências novas, que nos proporcionam crescer na área profissional e também os projetos atuais e futuros. E essa premiação é um resultado que nos motiva a desenvolver mais nosso projeto e criar outros, para ajudar as pessoas e intervir em suas necessidades”, comentou. Além de Fernanda Kelly, participam do Valor no Campo, os estudantes: Diévele Santos, Eloísa Sousa e Islane Silva.
Confira os nove projetos da ECIT Francisca Martiniano da Rocha, que receberam menção honrosa:
1. MANDACARU: Gamificação e Cultura no Processo de Aprendizagem – Produção de Repelentes e Velas Aromatizantes na Prevenção ao Aedes Aegypti;
2. PROJETO TIMBU: Proteção da Fauna Silvestre e Segurança Viária e Partir do Pensamento de Celso Furtado e da Agenda 2030;
3. TEOREMA DE PASCAL: Aplicado em Modelos Compactos e Sustentáveis de Aquaponia e Carneiro Hidráulico para Produtores e Consumidores de Lagoa Seca;
4. ARTEREZA: Desenvolvimento de uma plataforma digital para comercialização de produtos artesanais em lagoa seca;
5. BIOPLÁSTICO: Para uma crise global, resposta local: criação de plástico sustentável, aprendendo com os problemas;
6. ECOFIL: Produção de filamento reciclável para impressão 3D;
7. ÍNDICE DE CESTA BÁSICA DE LAGOA SECA – PB (ICB-LS): Educação financeira e planejamento orçamentário para famílias de baixa renda;
8. SEED BOMBS: Reflorestando com bioplástico;
9. XÔ PALHA: Sistema repelente autônomo no combate a Leishmaniose.