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NOVO ACORDO CLIMÁTICO É APROVADO

Britain's President for COP26 Alok Sharma (L) smiles as he makes his concluding remarks during the COP26 UN Climate Change Conference in Glasgow on November 13, 2021. (Photo by Paul ELLIS / AFP)

É oficial. Após duas semanas de intensas negociações, embates e tensões, o novo acordo climático, chamado de Pacto Climático para Glasgow, foi aprovado pela COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). A decisão foi anunciada há pouco, nesta tarde de sábado (13/11) pelo presidente da Conferência, Alok Sharma. Estavam presentes na aprovação do texto aproximadamente 200 países. Eles se comprometeram a acelerar a luta contra a mudança climática e esboçar as bases de um futuro financiamento do plano. No entanto, não houve garantia de limitar o aumento da temperatura mundial em +1,5º C.

O documento não define uma data exata nem valores. “O que este texto está tentando fazer é tapar buracos e iniciar um processo”, especialmente em relação às finanças para adaptação, ou seja, para se precaver diante do que pode acontecer no futuro, explicou Helen Mountford, do World Resources Institute. O texto “é tímido, é fraco e a meta de 1,5ºC mal está viva, mas dá um sinal de que a era do carvão está acabando. E isso é importante”, reagiu Jennifer Morgan, diretora executiva do Greenpeace.

Nas redes sociais, o perfil oficial da COP26 anunciou o acordo, mas deixou claro que será preciso comprometimento para cumpri-lo. “O Pacto Climático de Glasgow foi acordado, mas ele só sobreviverá se as promessas forem cumpridas e os compromissos se traduzirem em ações rápidas”, diz o anúncio. 

O texto final foi considerado, por Alok, como “não perfeito, mas sólido para iniciar as mudanças necessárias”. Pela primeira vez, o acordo aponta explicitamente para os combustíveis fósseis, principalmente o carvão, que é o maior contribuinte individual para as mudanças climáticas.

Em todas as 25 COPs anteriores a deste ano, nenhum acordo mencionou carvão, petróleo ou gás, ou mesmo combustíveis fósseis em geral, como impulsionadores – muito menos a principal causa – da crise climática. Por esse motivo, as promessas de buscar alternativas do uso desses recursos foram o principal ponto de embate entre as nações.