No Angelus deste 3° Domingo do Advento (11/12), o Papa falou sobre as crises e dúvidas da nossa fé. Falando sobre o Evangelho de Mateus, recordou a “crise de João Batista” que enviou seus discípulos para perguntarem a Jesus: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?”. Francisco ressaltou que faz bem a todos nós determo-nos sobre esta crise de João Batista, porque pode dizer algo importante.
O túnel da dúvida
“Ficamos surpresos que isso aconteça justamente com João” disse o Pontífice, “que batizou Jesus no Jordão e o indicou a seus discípulos como o Cordeiro de Deus (cf. Jo 1,29). Mas isto significa que mesmo o maior crente passa pelo túnel da dúvida.
“E isso não é algo ruim; pelo contrário, às vezes é essencial para o crescimento espiritual: nos ajuda a entender que Deus é sempre maior do que imaginamos”
Tempo de inversão de perspectivas
Portanto disse ainda o Papa, “nunca devemos deixar de procurá-Lo e de nos convertermos à sua verdadeira face”. Explicando que também nós podemos nos encontrar na sua situação, em uma prisão interior, incapazes de reconhecer a novidade do Senhor, a quem talvez tenhamos em cativeiro na presunção de que já sabemos muito sobre Ele. Francisco recorda que muitas vezes “temos as nossas ideias, os nossos preconceitos, e rotulamos os outros – especialmente os que sentimos que são diferentes de nós – com rígidas etiquetas”. Exortando em seguida:
“O Advento é tempo de inversão de perspectivas, no qual nos deixarmos maravilhar pela grandeza da misericórdia de Deus
Um tempo em que”, concluiu o Papa, “preparando o presépio para o Menino Jesus, aprendemos de novo quem é o nosso Senhor; um tempo de sairmos de certos esquemas e preconceitos para com Deus e os irmãos; um tempo em que, em vez de pensarmos em presentes para nós, possamos doar palavras e gestos de consolo aos que estão feridos, como Jesus fez com os cegos, os surdos e os coxos”.
*Com informações do Portal Vatican News