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Papa Leão XIV: Catequistas são voz viva do Evangelho e chamado à Justiça

O Papa Leão XIV presidiu neste domingo (28) a missa do Jubileu dos Catequistas, na Praça São Pedro, diante de 50 mil fiéis, instituindo 39 novos ministros da catequese. Em sua homilia, destacou que Deus vê além das aparências e enxerga “um indigente e um indiferente”, convidando todos a refletirem sobre a parábola de Lázaro e do homem rico. Para o Pontífice, a história é atual: “Às portas da opulência jaz a miséria de povos inteiros, atormentados pela guerra e exploração”.

Ele lembrou que a justiça divina chega para todos: “O pobre morreu e foi levado pelos anjos, o rico também morreu e foi sepultado”. Ressaltou ainda que Cristo, ao ressuscitar, confirmou a esperança de mudança para todos, mas é preciso escutar a Palavra e amar, pois “os bens não tornam ninguém bom”. O Evangelho, frisou, é um convite a abrir o coração a Deus e ao próximo, transformando a vida pelo amor.

Aos catequistas, o Papa recordou que a missão vem do verbo grego katēchein: “fazer ressoar a fé”. Pais, disse ele, são os primeiros catequistas, e a transmissão da fé começa em casa, ao redor da mesa. O Catecismo é “instrumento de viagem”, fortalecendo a comunhão e protegendo contra o individualismo. Educar na fé, ressaltou, não é dar lição, mas “plantar no coração a palavra da vida, para que ela dê frutos”.

Por fim, Leão XIV alertou para os perigos da ganância e da indiferença. “Se o rico tivesse caridade para com Lázaro, teria feito o bem a si mesmo”, afirmou. Durante o Jubileu, convidou a Igreja e os fiéis a viverem um tempo de conversão, perdão e compromisso com a justiça e a paz, lembrando que “ninguém dá o que não tem”.