A Festa de “Corpus Christi” será celebrada em toda igreja na próxima quinta-feira, 30 de maio, esta celebração do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é comemorada solenemente pela Igreja sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão pelas ruas. Nesta festa os fiéis adoram a Jesus Sacramentado e agradecem a Deus pela Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente, sendo o maior tesouro espiritual da Igreja.
Para este dia, as paróquias preparam programações particulares, que incluem Missas, Vigília, Adoração e Bênção do Santíssimo. Na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, haverá duas missas, uma pela manhã às 10h e outra às 15h30, esta presidida pelo Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos.
Após a missa da tarde, o Santíssimo seguirá pelas ruas do centro de Campina Grande, no trajeto já conhecido, seguindo pelas ruas Bento Viana (lateral da Catedral), Afonso Campos, Vila Nova da Rainha, João da Mata, Vidal de Negreiros, Av. Floriano Peixoto até retornar à Catedral.
Segue a programação na Catedral
10h – Santa Missa;
11h – Adoração ao Santíssimo;
15h30 – Santa Missa (Presidida pelo Bispo);
17h – Procissão e Bênção.
Confecção e Origem dos Tapetes
Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo. A confecção de tapetes de rua é uma magnífica manifestação de arte popular.
Utilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas, as pessoas montam, com grande arte, um tapete pelas ruas, formando desenhos relacionados ao Santíssimo.
A tradição de fazer o tapete com folhas e flores vem dos imigrantes açorianos. Essa tradição praticamente desapareceu em Portugal continental, onde teve origem, mas foi mantida nos Açores e nos lugares em que chegaram seus imigrantes, como por exemplo Florianópolis-SC. O barroco enriqueceu esta festa com todas as suas características de pompa. Em todo o Brasil esta festa adquiriu contornos do barroco português. A referida solenidade é celebrada desde a época colonial, usando de muita criatividade e cores. Mas foi em Ouro Preto, Minas Gerais, que as ruas começaram a serem enfeitadas para a procissão.
A procissão
Embora cada diocese tivesse suas próprias peculiaridades no rito dessa celebração, foi somente no Concílio de Trento (1545-1563) que se alarga e oficializa as práticas mais comuns de como celebrar o Corpus Christi. Especialmente a procissão com o Santíssimo pelas ruas e lugares públicos, para que, dessa forma, os cristãos pudessem se alegrar pela vitória de Cristo sobre a morte, pois ele está ali, presente no meio de nós.
Origem da festa
A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.
Aconteceu que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.
O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
*Com informaçães da Pascom-Diocese