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UEPB cria canudo que detecta metanol em bebidas e pode revolucionar a segurança do consumo no Brasil

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) criou um canudo descartável capaz de identificar metanol em bebidas destiladas, como cachaça, com resultado rápido e fácil de usar, semelhante a um teste de gravidez. O produto deve chegar ao mercado em breve, com preço estimado de R$ 2.

O projeto é resultado de dois anos de pesquisa do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Química da UEPB. Os protótipos foram testados na Fundação Parque Tecnológico de Campina Grande, campus da universidade, e estão em fase de depósito de patente no INPI.

Com os recentes casos de intoxicação por metanol no país, a universidade já recebeu propostas de grandes empresas interessadas na produção em larga escala do canudo biodegradável. Segundo o professor Félix Brito, responsável pelo estudo, a UEPB avalia se irá repassar a tecnologia ou produzir internamente, com apoio do governo.

O canudo muda de cor em contato com bebidas que contenham metanol, permitindo que bares, restaurantes e consumidores verifiquem a qualidade da bebida de forma rápida e segura.

Pesquisa focada na cachaça paraibana

Financiado pela Fapesq, o projeto contou com R$ 725 mil e possibilitou a criação do Laboratório de Tecnologia da Cachaça, em Campina Grande. A equipe testou 462 amostras de cachaça e publicou resultados em Food Chemistry, uma das principais revistas da área.

Outra inovação: detector infravermelho para garrafas lacradas

Além do canudo, a UEPB desenvolveu um sistema que identifica adulterações em bebidas fechadas usando radiação infravermelha. Um aplicativo processa os dados e indica se há substâncias estranhas ou diluições, com 97% de precisão, sem uso de reagentes químicos.

“Nosso objetivo é reduzir riscos de intoxicação e garantir mais segurança ao consumidor”, afirma Félix Brito.

*Da redação do BOA NOTÍCIA PB